1 de maio de 2009

Para sempre!

Senna foi a razão pela qual comecei a gostar de Fórmula 1 e a sua morte o motivo que me fez nunca mais ter conseguido assistir a uma corrida do início ao fim.
Nunca o desaparecimento de alguém que não me é nada me marcou tanto e ainda hoje recordo aquele Domingo, 1 de Maio de 1994, dia da Mãe, com uma enorme tristeza.
As corridas de Fórmula 1 eram algo me ligava ao meu pai, ao meu irmão e aos meus primos, todos eles aficcionados por tudo o que é desporto automobilístico e uma porta de entrada nesse mundo normalmente mais ligado ao universo masculino, naquela idade em que as meninas acham todos os rapazes são uns parvos.
Adorava ver as corridas pela televisão ao Domingo e opinar sobre elas, sobre os pilotos, os carros, as equipas... sabia até alguma coisa da poda e isso fazia-me marcar pontos perante o meu irmão e os outros rapazes da família. 
Tenho saudades desses tempos e sinto falta daquele barulhinho característico dos carros de Fórmula 1 em alta velocidade, mas sei que nunca mais vou conseguir ver nenhuma prova com a mesma alegria e entusiasmo de antigamente.

Por não estarem distraídos...



Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto.
No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram.
Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios.
Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.

- Clarice Lispector -

30 de abril de 2009

Esquadros












We don't have all the answers...

Knock on wood. Step on a crack, break your mothers back. The last thing we want to do is offend the gods.

Superstition lies in the space between what we can control and what we can't. Find a penny, pick it up, and all day long you'll have good luck. No one wants to pass up a chance for good luck. But does saying it thirty three times really help? Is anyone really listening? And if no ones listening, why do we bother doing those strange things. We rely on superstitions because we're smart enough to know we don't have all the answers. And that life works in mysterious ways. Don't diss the juju, from wherever it comes.

- Grey's Anatomy, Meredith narrating -

29 de abril de 2009

Having a blast!

Acabo de ler e confirmar uma informação que me chegou via e-mail: os Green Day vão regressar a Portugal ainda este ano, mais propriamente no dia 28 de Setembro. Esta notícia, apesar de muito boa, provocou em mim uma enorme nostalgia...

Os Green Day entraram de rompante na minha vida com o álbum Dookie, pois apesar de já conhecer algumas músicas do grupo, até aos meus 14 anos não me disseram grande coisa. É então que surgem músicas como Basket Case, When I come around, Longview ou She e de repente passamos a ter uma banda sonora que encaixava no espírito das nossas festas de garagem, das viagens de autocarro dos passeios escolares, das guitarradas no recreio do colégio ou daqueles minutinhos que antecediam as aulas de música e os ensaios do coro, em que o Herr Hartung nos deixava extravasar emoções com os instrumentos e os microfones que sabíamos terem que resistir para gerações vindouras de alunos igualmente criativos e entusiásticos.

Ultimamente já não ouço tanto os rapazes californianos como naqueles tempo da adolescência, mas continuam a fazer parte da banda sonora da minha vida e, por isso mesmo, vou tentar estar presente no Pavilhão Atlântico nessa futura noite de Setembro.

O admirável mundo de Mafaldinha...